A Secretaria municipal de Habitação já concluiu o projeto arquitetônico conceitual do primeiro dos dois bairros populares que serão construídos em Jacarepaguá, para reassentar, até dezembro de 2012, cerca de três mil famílias (o equivalente a 20% da população da comunidade) que vivem em Rio das Pedras. O projeto mostra como será a construção de um condomínio com prédios de quatro andares para 1.500 famílias que vivem hoje numa área conhecida como Areal, considerada de risco pela prefeitura. O terreno, que hoje pertence à Caixa Econômica Federal (CEF), será comprado pelo município e fica nas imediações da Avenida Engenheiro Souza Filho, que atravessa Rio das Pedras.
Os prédios terão um padrão arquitetônico diferente do usado nos conjuntos habitacionais populares erguidos entre as décadas de 60 e 70. Os imóveis não ficarão alinhados e os prédios terão cores diferentes. Os apartamentos maiores terão quase 80 metros quadrados e incluirão sala, cozinha, banheiro e três quartos
- O conceito lembra muito o dos condomínios da Barra da Tijuca. Teremos amplas áreas de lazer, com plantas e ciclovia. Ao optarmos por não fazer um projeto uniforme, tornamos essas construções mais agradáveis, ajudando a melhorar a qualidade de vida dos moradores - disse o secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar.
O projeto para o segundo terreno, onde serão reassentadas as outras 1.500 famílias, ainda se encontra em fase de elaboração. O terreno que será comprado pelo município fica em Jardim Clarice no Anil, onde no passado funcionou um fábrica de cerveja e hoje desativada.
A estimativa da prefeitura é que sejam gastos R$ 200 milhões nas duas obras. Os recursos virão da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e da prefeitura.
- Esses imóveis deverão ser ocupados por famílias com renda familiar de até três salários mínimos. As famílias beneficiadas serão proprietárias dos imóveis, após pagarem o equivalente a 10% dos salários durante dez anos - disse Bittar.
Os moradores só deixarão suas casas em Rio das Pedras após a conclusão das novas residências. As casas antigas serão demolidas, como parte de uma estratégia de recuperação ambiental do Rio das Pedras. Uma rua de serviço será construída para evitar novas invasões na faixa marginal de proteção do rio.
Fonte: O Globo Rio


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